A sala 2 transforma-se num lounge music bar, onde Cibelle despojada de si mesma, encarna o seu alter ego Sonja Khalecallon. Uma personagem que vestiu para enredar o cenário envolto no palco, que nos convidava para entrar no conceito anárquico do disco “Las Vénus Resort Palace Hotel”.
Um mundo exótico, extravagante e bizarro encoberto pelo tule e as folhas soltas embarcava-nos para um universo excêntrico.
As canções davam colorido ao imaginário kitsch que se rompeu no experimentalismo lírico dos temas que concebem este novo álbum: “Man from Mars”, “Metting the Ice”, “Mr and Mrs Grey e “Sapato Azul”, revelam uma introspecção em que a cantora manifesta a sua essência nestas sonoridades apresentadas.
Ratatat consumiu a sala 2, o ambiente exótico que se fizera sentir recolheu e partiu com Cibelle.
As composições instrumentais são a tónica musical dos Ratatat. A sua música envergou o dinamismo corporal dos presentes.
Numa música em que a ausência de palavra é soberana, desenvolve-se um som distinto que condensa diferentes estéticas musicais, o rock, electrónica, música céltica, e étnica povoaram a sala 2.
A imagética da sala comportou a falta de palavras, num ecrã de fundo surgiram imagens apelativas aos vários temas que se fizeram ouvir: “Loud Pipes”, “Mirando”, “Wild Cat” e “Lex”. Em “Wild Cat” ouviram-se alguns rugidos selvagens que se soltaram do âmago da assistência.
A noite de concertos encerra, mas o clubbing não termina. Os bares 1 e 2 contaram com a presença de Matt Waittes e Rodrigo Affreixo.
O experimentalismo da Cybermusica contorna as últimas batidas na Casa da Música.
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