terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Joanna Newsom - Casa da Música - 24 Jan 2011

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A música folk soltando-se em laivos contemporâneos trouxe à Casa da Música uma tez de arranjos musicais aprimorados em composições originais que se emergiu na voz de Alasdair Roberts.

Num folk intimista abriu a primeira parte do concerto de Joanna Newsom. A sua música é enraizada na tradição, resultando em algumas letras de cariz religioso, transporta-nos para uma dimensão metafísica.

Numa entrega deambulante entre o piano e a harpa, Joanna Newsom figura a beleza feminina na sua essência. Um estado ímpio e gracioso rompe-se num palco cobiçado pela mesma, o deleite da sua voz é reveladora de uma plateia rendida que ocupou a sala Suggia.

Na sua harpa a arte de tocar um ritmo diferente com cada mão absorveu as melodias que num tom medieval se traduziram em improvisos musicais que acompanharam o trompete.

O rasto dos violinos compõem o álbum “Have One on Me”, terceiro disco editado no passado.

Acompanhada por Ryan Francesconi e Neal Morgan apresenta o line up da noite. Revisitando alguns temas de álbuns anteriores, “Cosmia” e “Peach Plum Pear”, anuncia também algumas faixas novas, “Easy” e “Soft as Chalk”.

Num ímpeto final agracia-nos com um encore, despedindo-se com um sorriso que adornou a sala, deixando-nos por instantes a ingenuidade apoderar-se dos nossos ventrículos.


Set List:

The Book of Right-On

Have One on Me

Easy

Colleen

Inflammatory Writ

Soft as Chalk

Cosmia

Good Intentions Paving Company

Peach, Plum, Pear


Encore:

On a Good Day

Baby Birch

sábado, 15 de janeiro de 2011

Clã - Teatro Municipal de Vila do Conde - 14 Jan 2011

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A essência da criança transparece neste Disco Voador. Uma viagem pelo universo do imaginário onde as canções se cruzam na órbita dos Clã, alegrando miúdos e graúdos.

A partir de um desafio promovido pelo Estaleiro - Animar, a banda compôs este álbum de músicas para crianças onde se abre um espaço para convivência de gerações.

Num ímpeto de expressividade, o espírito da irreverência solta-se dos sapatos com asas, Manuela Azevedo deu inicio à viagem.

Sobre as onomatopeias que imitavam os sons dos bichos deu-se a entrada do primeiro tema que abriu o espectáculo, “Os Bichinhos do Planeta” ecoaram pela sala do Teatro Municipal de Vila do Conde.

“Amigo do Peito” uma canção que celebra a amizade relacionando-a com a linguagem dos novos média.”O meu amigo é power, o meu amigo é break (...) nem é retoque em Photoshop, é de carne e osso.” A exaltação dos miúdos fez-se sentir, pois afinal, é um retratar da amizade nos seus dias. Figuras de carácter energético sobressaíram em panéis circulares encenando o desassossego juvenil.

Contaram-se Histórias, sentiram-se as aspirações e emoções que se encarnam no espírito infantil. O amor configura-se na música “Embeiçados”, tema preferido da vocalista, diz-nos que “O amor não é cego, o Amor vê melhor”, culmina numa lista de defeitos provando que em neles também se encontra o melhor.

Uma música de ninar “Cantiga de Embalar a Minha Mãe” faz repousar os ânimos.

O cão é o melhor amigo do homem, mas nem sempre o dono é amigo do cão, é o que retrata “O Meu a Meu Dono”. Ouvem-se uivos em jeitos de poesia e o cão afirma: “Atrás da porta a vida é bela”.

O chocolate, doce preferido das crianças fazem-os sentir ché chés, adoçando o tema “Chocolatando”.

Quando nos dizem que vivemos no mundo da lua, esta afirmação faz sentido quando estamos alheios à realidade, em que o imaginário se apodera em nós, “Os que Pairam” dá o mote que se traduz na expressão.

O Capuchinho Vermelho faz parte dos contos que atravessam a nossa infância, e assim, em jeito de curta é cantado e encenado.

“Asas Delta”, as vezes apetece ter asas nos pés e voar, fazer do onírico a nossa realidade.

Manuela Azevedo em feição de despedida, diz-nos que está a ser uma actuação muito especial para ela, 14 Janeiro ficou assinalado como data de estreia deste novo disco. Entrega-se ao encore, terminando com a canção “Infra-Herói”.

Um espectáculo que se assume como um laboratório de criação onde as canções estão mais perto de Sex Pistols do que de Avô Cantigas.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

David Lynch - I Know

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I know, I know,
The bird, she stopped to sing,
Since I went and did that thing,
I know, I know,
Train take you now girl.

I know, you got to go,
Seen it comin' baby just as plain as day
Seen it comin' baby
No way you can stay,
I know, I know, I know,
I, I, I know.

Don’t have to tell me baby,
See you go on the road now,
You’re gonna live my sight,
But I'll remember you baby,
Each and every night,
Don’t have to tell me
You got to go,
I know
Feel so Low
Annnd I, I see you go.

Train take you now girl,
The bird she stopped to sing,
Since I went and did that thing,
I know, I know
You got to go.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Orelha Negra - Plano B - 11 Dezembro 2010

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Orelha Negra é um mergulho no passado, a sua música como catalisadora de memórias.

A memória é uma fábrica do presente, e foi com este tema que se deu início a uma viagem no tempo.

A música negra carrega os semblantes dos músicos que perfazem este colectivo, oriundos de grupos diferentes fundem o funk e soul emergindo-se no hip hop, uma cultura urbana em que a portugalidade assume expressão.

A música evoca-se na alma, sem qualquer interacção com o público, sente-se simplesmente a sonoridade que é debitada. “Lord”, “Barrio Blue”, “Miriam”, “Cura” e alguns medleys pelo meio interagem de forma cúmplice entre samples e grooves programados.

A sua estreia no Porto, no Plano B, era digna de uma sala maior para os receber.


Set List

Memoria

Barrio Blue

Lord

Medley 5

Força da Razão

Futurama

96 191 91 96

Medley 3

Dj Shadow

Miriam

Medley 4

Blessed

Cura

Clubbing Optimus - Casa da Música (10 Dezembro 2010)

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A sala 2 transforma-se num lounge music bar, onde Cibelle despojada de si mesma, encarna o seu alter ego Sonja Khalecallon. Uma personagem que vestiu para enredar o cenário envolto no palco, que nos convidava para entrar no conceito anárquico do disco “Las Vénus Resort Palace Hotel”.

Um mundo exótico, extravagante e bizarro encoberto pelo tule e as folhas soltas embarcava-nos para um universo excêntrico.

As canções davam colorido ao imaginário kitsch que se rompeu no experimentalismo lírico dos temas que concebem este novo álbum: “Man from Mars”, “Metting the Ice”, “Mr and Mrs Grey e “Sapato Azul”, revelam uma introspecção em que a cantora manifesta a sua essência nestas sonoridades apresentadas.


Ratatat consumiu a sala 2, o ambiente exótico que se fizera sentir recolheu e partiu com Cibelle.

As composições instrumentais são a tónica musical dos Ratatat. A sua música envergou o dinamismo corporal dos presentes.

Numa música em que a ausência de palavra é soberana, desenvolve-se um som distinto que condensa diferentes estéticas musicais, o rock, electrónica, música céltica, e étnica povoaram a sala 2.

A imagética da sala comportou a falta de palavras, num ecrã de fundo surgiram imagens apelativas aos vários temas que se fizeram ouvir: “Loud Pipes”, “Mirando”, “Wild Cat” e “Lex”. Em “Wild Cat” ouviram-se alguns rugidos selvagens que se soltaram do âmago da assistência.

A noite de concertos encerra, mas o clubbing não termina. Os bares 1 e 2 contaram com a presença de Matt Waittes e Rodrigo Affreixo.

O experimentalismo da Cybermusica contorna as últimas batidas na Casa da Música.




sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Macy Gray - HardClub (24 de Novembro 2010)

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A
possibilidade de se poder concretizar as emoções numa manifestação auditiva caracterizou o floreado de soul e rock trazidos ao Hard Club por Macy Gray.
A ambiência inicia-se por Honey Larochelle, acompanhada pela guitarra de Samir Mouhy. Soltando a sua voz imponente, e a guitarra em trejeitos acústicos conquistam as primeiras ovações da noite. Num registo peculiar de simplicidade e voracidade de presença de palco impulsiona as suas canções, narrando de forma pessoal o seu conteúdo. Despede-se com o seu tema preferido que é dedicado à sua mãe.
Na envolvência do jazz, surge Maya, corista de Macy Gray, apresenta a performance da noite. A sala minimalista do Hard Club transforma-se num ambiente típico de jazz bar americano. Surge Macy Gray com a sua voz incontornável, começando a sua actuação com o tema "Ghet to Love". "Kissed It" rompeu de seguida, uma canção que faz parte do seu novo álbum, The Sell Out, entusiasma o publico com o seu ritmo.
Macy chamava o seu público de "sexy people", explicando de seguida os motivos pelos quais os chamava assim, através de uma pesquisa no "google" descobre que no Porto estão presentes as mais belas pessoas do Mundo, e com isto, presenteia a sua plateia com "Glad you're Here".
Se a musica é a transparência de uma forma de estar, "Creep", dos Radiohead, viabiliza o âmago, e o jeito de Macy respirar a sua essência em palco. Maya, modela a "Nothing Else Matters" em que o soul encarna este tema dos Mettalica, fazendo a audiência vibrar e cantar juntamente com ela.
Fazendo um rewind, Macy relembra o tema "Still Sweet Baby", nos semblantes dos presentes figura a nostalgia.
Este concerto teve direito a dois encores, o primeiro, tendo um "I Try" em coro do público, e um momento sublime de solo de guitarra vibrando a "We Are The Champions", Macy Gray, sentada no palco, a contemplar a audiência a cantar para ela. O segundo encore termina com "Beaty In The World" e "Que Sera".
Sendo a música uma linguagem que expressa sentimentos, Macy Gray, e os elementos da sua banda, não deixaram indiferentes quem presenciou a fusão das varias estéticas musicais que se fizeram sentir.


SET LIST

1. JAZZ INTRO
2. GHET TO LOVE
3. KISSED IT
4. CALIGULA
5. STALKER
6. GLAD YOU'RE HERE
7. CREEP
8. NOTHING ELSE MATTERS
9. CALL ME
10. DO DUMTHIN'
11. STILL/SWEET BABY
12. ON & ON
13. THAT MAN
14. DEMONS
15. LATELY
16. SEXUAL REVOLUTION
17. OBLIVION
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18. I TRY
19. WE ARE THE CHAMPIONS
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20. BEAUTY IN THE WORLD
21. QUE SERA

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

REPORTAGEM CLASH CLUB 20 de Novembro de 2010 - Teatro Sá da Bandeira

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O jorrar intenso de precipitação que se abateu na Invicta, não foi impedimento para mover a histeria que se fez sentir no Teatro Sá da Bandeira com a presença dos GE:EK, Sound of Stereo e Gtronic.

Esta edição do Clash Club iniciou-se com a actuação dos GE:EK, uma dupla portuguesa que se faz representar pela Positiva Agency. As sonoridades do electro condimentaram uma sala que se preparava para o que vinha a seguir.

Os Sound of Stereo, vindos da Bélgica, regressaram ao Porto, para a apresentação do seu novo EP Helium. Na espiral voluptuosa dos corpos a diluirem-se na música surgem com realce impetuoso os dirty basslines ao sabor estonteante dos pratos desta dupla

Gtronic, conterrâneo dos Sound of Stereo, reconhecido pelo seu electro-house, foi a presença mais aguardada da noite. Com o seu remix da Warp dos The Bloody BeetRoots, inflamou a audiência que regurgitava as suas vozes opulentas ao som deste tema.

O Clash Club terminou com a actuação dos GE:EK que na recta final do seu set fizeram dançar os resistentes com Phantom II dos Justice (remix dos Boys Noise).

Nestas noites em que o sono perdido se imputa na exaltação dos sentidos, o ClashClub, torna-se sinónimo de um extravasar auditivo.

sábado, 10 de julho de 2010

Clash Club - 8 Julho 2010

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Numa noite despida em que os sedentos almejam embargar os seus corpos na música que eleva os ouvidos, o Clash Club presenteia-nos com os aclamados The Bloody BeetRoots Death Crew 77, Cpt. Luvlace, Crisis e Double Damage.
Ao bater da meia noite Cpt. Luvlace partilha os seus pratos numa pista pouco adornada, onde os figurantes nela repousavam.

Uma voz feminina faz romper a indolência presente na plateia, apelando que os mesmos se aproximassem do palco. Crisis, surge oportunamente para animar os ânimos. O trio vindo do Porto mescla o punk, metal e electroclash, soando-nos a algo semelhante a Crystal Castles. Destacam-se os temas na sua actuação, o cover "Crystalised" dos The XX, "Out In The Twilight" e "Covens". O público mostrou-se agradado e surpreendido com a prestação.

Segue-se a entrada mais aguardada da noite, The Bloody Beet Roots compostos por Sir Bob Cornelius Rifo e Tommy Tea, embebidos em máscaras sombrias traduziram num ambiente lúbrego explosivo. O tema "Domino" deu inicio à histeria que levaria o público ao rubro ate ao final da actuação. Outros catalisadores, como "Woop Woop", e a tão esperada "Warp" fez elevar o frenesim intenso, onde os corpos ja se adivinhavam meios despidos. Os italianos ainda nos contemplaram com algumas remisturas: "Escape" (The Toxic Avenger). "Second Lives" (Vitalic) e "Welcome" (Etienne de Crécy). No términus da performance, as vozes da ala presente ecoavam por "Bloody" ao som de "Cornelius" em tom de despedida.

Num Sá da Bandeira a meio gás, restam os resistentes que ainda auferem energia para dançar ao som de Double Damage, uma dupla de caveiras fazem ouvir os Boys Noize, AutoKratz ou The Subs. Responsáveis pelo fecho da noite, e da última edição no Clash Club que faz uma pausa para férias.

Num line up irreverente ao longo de todas as edições do Clash Club, fica a certeza da marca incontornável que estas noites proporcionaram aos que nelas estiveram presentes.




Reportagem em formato áudio, fazer o download aqui

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Funki Porcini - ON (2010)

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Funki Porcini, músico e dj inglês, sob o selo da Ninja Tune, lança o seu sexto álbum, ON. Um artista extravagante que usa a mestria técnica combinada com o espírito criativo humano para fazer algo totalmente original.
Provocando oscilações de sensações, a transparência do taciturno envolve a criação do tema "This Ain't The Way To Live".
O lounge oscila no piano, criando paisagens sonoras, que emitem luminosidade. O jazz, tece na sua composição electrónica em "Belisha Beacon"
A profundidade do bass, numa mescla de synth orgânica, o theramin que se funde na harmonia compõe os diversos temas que ON nos desperta.
Um swing frenético embutido num rasgar de cordas em "The Magics Hands Of Fernando Del Rey"
Num pulsar hipnótico James Bradell, transporta-nos para diferentes emoções que num acto de explosão artística não dos deixa ficar OFF perante a sua audição.

Data de Lançamento: 3 de Maio de 2010


Track List:
1. Belisha Beacon
2. Bright Little Things
3. The Magic Hands of Fernando Del Rey
4. Moog River
5. On An Inconsequential Afternoon
6. Robert Crumb’s Natural Gait
7. This Ain’t The Way To Live
8. Undermud
9. Walking Up
10. The 3rd Man


Links:
http://www.myspace.com/funkiporcini


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Chinawoman - Party Girl

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It doesn't matter
What you create
If you have no fun

What's your name
What's your art
Nobody knows
About my broken heart

Yes I'm a party girl
Crazy girl
See my lips, how they move
Can't you see I'm a natural

Life of a party girl
Sexy girl
I used to be so fragile
But now I'm so wild

I used to cry
But now I don't have the time
I used to be so fragile but now I'm so wild
So wild




quarta-feira, 14 de abril de 2010

Clubbing (Abril) - Casa da Música

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O passado reaviva o presente. A assinalar o quinto aniversário da Casa da Música, a edição do clubbing de Abril recebeu no dia 10 Dick Dale e The Sonics que figuraram os nomes mais sonantes de um cartaz que albergou ainda Yacht, Men, Pixel 82 e Agoria.
O evento inicia-se com o Dick Dale na sala 2, o guitarrista que celebrizou a Fender e o surf rock nos anos 60, contagiou a ala presente com os temas “king of the surf guitarr" e o conhecido riff de “Misirlou” que integrou na banda sonora de Pulp Fiction.



O garage rock popularizado pelos The Sonics que também actuaram na sala 2, sendo a sua estreia em Portugal, elevaram ao êxtase o público que dançou ao som do rockabilly entre as malhas: "Lucille", "The Hustler" e especialmente em "Psycho a Go-Go" que culminou os presentes a uma viagem até aos anos 60. E finalmente, para terminar o leque de actuações nesta sala, apresentaram-se os nova iorquinos Yacht.



Conterrâneos dos Yacht, Men, distinguiram-se pela sua irreverência indumentária, fazendo com que a sala Suggia se insurgisse a um género punk colorido trazido por três miúdos que se caracterizavam pela seguinte máxima: “who am I to feel so free,” terminando a sua actuação com o tema apelativo ao mesmo mote.
Nos bares 1 e 2, destaca-se a presença do dj Pixel 82, e a terminar a noite, o francês Agoria, deslizou sobre os seus pratos um deep house que enredou a pista da casa nas suas batidas finais.
Um público efusivo, e irreverente evidencia-se pelos seu trajes que os distinguem ora numa postura mais alternativa, ora mais rockeira, numa mescla em que o old rock alternou com a electrónica, trazendo assim uma audiência mais diversificada e apelativa.
Num jus aos 5 anos de existência da casa da música, ainda se faz lamentar a não existência de um fosso para ópera.
Num clubbing recheado de alternância, a música é soberana.


Reportagem em formato áudio, fazer download aqui

quarta-feira, 24 de março de 2010

Clubbing - Casa da Música

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Os portugueses Blasted Mechanism e os austríacos Sofa Surfers foram os nomes principais da edição deste mês do Clubbing, que a Casa da Música, no Porto, acolheu no dia 20 de Março. Fritus Potatoes Suicide e Rafael Toral também constaram do cartaz.
A noite inicia-se com a actuação dos Blasted Mechanism na sala 2, que apresentaram o mais recente álbum "Mind at large".
A mesma sala, acolheu os Sofa Surfers, caracterizados na emergência do triphop dos anos 90. Solta-se um deep rock, onde as guitarras ecoavam num sôfrego compulsivo de baixos, extasiando os presentes.
Entre uma mistura de músicas usurpadas dos álbuns 'See the Light','Sofa Surfers', e do recente 'Blindside', a sair no dia 26 de Março, exprimem-se numa dinâmica textual, onde surgiam frases de ordem politica e social.
O programa estendeu-se aos Bares 1 e 2, com Fritus Potatoes Suicide e com os irmãos Phillips and Justamine.
Numa noite em que a música é reveladora de contagio idealista e interventiva, a Casa da Música despiu mentes.




Reportagem em formato áudio, fazer download aqui


segunda-feira, 15 de março de 2010

ClashClub - Uma noite à moda do Porto (13 de Março)

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Numa panóplia efervescente de pratos eclécticos no Teatro Sá da Bandeira, a nova edição do Clashclub, traz à cidade invicta Fisherspooner, Huoratron, Ali Love e Gun N' Rose.
A noite inicia-se pelas mãos do dj portuense, Ari 666, após o seu warm up refinado, segue-se Ali Love, sendo conhecido por ter dado voz ao hit single "Do It Again", dos The Chemical Brothers. A sua sonoridade disco arrebatou o público presente. Destacam-se os temas "Smoke and Mirror", Diminishing Returns" e "Love Harder".


"Fun Machine" foi o conceito dj set que os Fischerspooner apresentaram para animar a pista que almejava fulgor nos corpos sedentos de ritmo. Com a presença da dj convidada, Lauren Flax apresentaram alguns temas conhecidos (Yeah Yeah Yeahs, Booka Shade, Tiga), mesclando com as suas músicas mais conhecidas, como a "Emerge" e "We Are Electric". Cassey Spooner contemplou os presentes com a interpretação das músicas "The Best Revenge" e "Never Win". Os elementos cénicos que caracterizam a performance dos Fischerspooner fizeram-se substituir pelo Vjiing. Embora esta fosse a actuação mais esperada, denotou-se um certo descontentamento pelo público presente, pois estes aguardavam por um live art teatral que caracteriza o duo.


Huoratron foi a surpresa da noite, sendo um dos nomes que deslocou muita gente ao Teatro Sá da Bandeira, o dj finlandês deixou ao rubro os amantes do tecnho e 8bit. Uma miscelânea entre Justice, Daft Punk e Boys Noize, Huratron fez "$$", "Troopers" ou "Gbay" um dos pontos mais altos da noite. A sua energia explosiva por de trás da mesa de mistura contagiou toda a ala presente.
A noite fez o seu terminus com a actuação de Gun N' Rose num live act onde paira o techno, house e electro.

Esta edição veio confirmar que as noite Clashclub, organizadas pela Positiva, são já uma referência incontornável na música de dança em território Nacional, que conta já com a presença assídua de vários noctívagos.


Reportagem em formato áudio, fazer download aqui

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Groove Armada - Black Light (2010)

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O álbum emergente dos Groove Armada, o sexto, Black Light, confirma a envolvência de um registo diferente dos seus trabalhos anteriores. A sonoridade dos anos 80, está patente na composição dos temas. Sentindo a influência do David Bowie em 'Fall Silent' e 'Shameless'. Um rewind de sons como ,Gary Numan, New Order, Fleetwood Mac e Roxy Music foram homónimos desta criação. Um deep de emoções obscurantistas perfazem as linhas deste preto no branco.

Destaca-se a audição para os temas: ' Look Me In The Eye Sister', um rock electrónico, pela voz de Jess Larrabee, e 'Paper Romance' num ritmo mais dançável.

Data de Lançamento: 2 Março 2010

Track List:

1. Warsaw Feat. Nick Littlemore and SaintSavior
2. History Feat. Will Young
3. Cards To Your Heart Feat. Nick Littlemore
4. I Won't Kneel Feat. SaintSavior
5. Shameless Feat. Bryan Ferry
6. Look Me In The Eye Sister Feat. Jess Larrabee
7. Paper Romance Feat. Fenech Soler & SaintSavior
8. Time & Space Feat. SaintSavior & Jess Larrabee
9. Not Forgotten Feat. Nick Littlemore
10. Fall Silent Feat. Nick Littlemore
11. Just For Tonight Feat. Jess Larrabee

Links:

http://www.groovearmada.com/

http://www.myspace.com/groovearmada





quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Hindi Zahra - Handmade (2010)

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Hindi Zahra nasceu em 1979 em Khouribga, a sul de Marrocos, partindo para Paris em 1993. Sob as influências blues de Ali Farka Touré Saara, do folk e os sons de Ismaël Lô, a composição deste 'trabalho à mão' remete-nos para sonoridades diversas: há faixas de jazz, pitadas de blues do Oriente médio, tango e guitarra cigana, embebidas numa voz que penetra o ouvido.
Track List:

01. Beautiful tango
02. Oursoul
03. Fascination
04. Set me free
05. Kiss & thrills
06. At the same time
07. Imik si mik
08. Music
09. Stand up
10. Don’t forget
11. Old friend


Myspace: http://www.myspace.com/zahrahindi


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Festival Enorme

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O Festival Enorme, iniciou-se ontem, dia 13 de Outubro, no jardins do Palácio de Cristal, embora tenha tido uma pouca afluência de público, formou-se um ambiente intimista, o que possibilitou uma relação muito especial com os músicos.O festival estende-se até ao dia 15, antevendo-se uma maior adesão de público para os dias seguintes, especialmente para amantes de música alternativa, acid jazz, electrónica, funk, experimental, uma miscelânea de sons que deliciam os nossos ouvidos e até nos faz extravasar corporalmente. A abertura do festival, coube aos portugueses Zelig, confesso que desconhecia, uma banda de cariz experimental. A meio do concerto, parecia-me estar envolvida numa trilha sonora do Tarantino, o seu género musical funde-se em vários instrumentos, desde a guitarra, ao vibrafone, contrabaixo, bateria, flauta, percussão, teclado, serrote, etc, dando-se uma fusão entre rock psicadélico e música experimental num zig zag sonoro, onde tudo é possível.
A 2a parte, e a que me motivou especialmente a ida ao festival, foi a presença da banda alemã De Phazz. Iniciaram-se com uma das minhas músicas preferidas, Trash Box, fez-se soar a voz de Pat Appleton, a sua envolvência e vivacidade faziam-se ecoar pelos jardins, unindo as poucas pessoas que assistiam. Somos invadidos pelo funk, acid jazz, dub e presenteados com um solo de sax pelo Frank Spaniol . De seguida, surge Karl Frierson, a sua alma soul anima os presentes, e a noite torna-se mais quente. Finda-se a actuação termino com um sorriso, ficando a pena de não puder reportar os outros dias, mas deixo-vos a sugestão de explorarem De Phazz, e Erik Truffaz, este último presente dia 14, num próximo post, farei mais referências acerca de ambos, e a sua discografia.


Festival ENORME


13 de Outubro
De Phazz
Zelig

14 de Outubro
Istanbul Sessions feat. Erik Truffaz
Electro Deluxe
Intersound

15 de Outubro
Ceux Qui Marchent Debout
Fanfarra Kaustika


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Rinôçérôse - Installation Sonore

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Banda francesa, fundada em 1997, pelos membros, Jean Phillipe Freu e Patrice Carrié, intitulam-se psicólogos durante o dia, e músicos pela noite. Rinôçérôse, chama-se assim, pelo titulo do quadro pintado por um paciente psiquiátrico.
Um electro-rock construído a base de guitarras eléctricas, compõe o estilo musical deste rinoceronte psicadélico (pintura do quadro). Marginalizados pela sua criatividade, numa altura em que a cultura da dance era praticamente desconhecida em França, decidiram criar uma musica dançável através de guitarras muito antes de adicionarem os sons electrónicos as suas composições. No álbum 'Installation Sonore' (1999), flui uma mistura de estilos, como o dub, e o funk. Ao duo juntam-se um teclista, um percussionista, flautista, baterista e um dj, e assim juntaram-se ritmos completamente desconhecidos na altura no seu país de origem. Mobilier, foi o single que lançou os Rinôçérôse internacionalmente, que integra este álbum, do mesmo, também saliento 'Mes Vacances A Rio', onde se denota, o funk e o dub, e 'Le Triangle' onde se faz ouvir a percussão, e os ritmos mais dançáveis.
O novo trabalho da banda ja saiu, 'Futurinô' (2009), irei pronunciar-me acerca do mesmo quando o ouvir atentamente.
Rinôçérôse são euforia, prazer intenso e detumescência pós-coito em partes iguais.

Track List:
  1. "La Guitaristic House Organisation"
  2. "Radiocapte"
  3. "Sublimior"
  4. "Le Mobilier"
  5. "323 Secondes De Musique Repetitive Avec Guitare Espagnole"
  6. "Mes Vacances A Rio"
  7. "Popular Mechanics"
  8. "I Love Ma Guitare"
  9. "Rock Classics Volume I"
  10. "Le Triangle"
Links:
Myspace da banda: http://www.myspace.com/rinocerose
Site da Banda: http://www.rinocerose.com/


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Music for party lovers - Luomo

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O myspace dá muito jeitinho para descobrir novas sonoridades, e interessantes, neste caso, Luomo, com o trabalho 'Paper Tigers' (2006). Este senhor é um dj/produtor finlandês, com um género musical que incide essencialmente nas vozes, e o house, embora não seja fã de house, o seu estilo é diferente do house habitual. As vozes em loop sob uma panóplia instrumental elaborada, caracteriza-se numa música pensada e elaborada e até introspectiva quando surge o delay. Sente-se uma ambiência suave, e dançável, para se ouvir quando o fim de semana se aproxima.
Deste álbum saliento a 'Let you know', e 'The tease is over'.
This is the music for party lovers.

Track List:
1. Papers Tigers
2. Really don't mind
3. Let you know
4. The tease is over
5. Cowgirls
6. Good to be with
7. Dirt me
7. Wanna tell
8. Make Believe

Links:
Myspace da banda: http://www.myspace.com/luomomusic
Site da Banda: http://www.luomomusic.org/

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Rock'n'girl - Sofa Surfers

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Já conheço Sofa Surfers há imenso tempo, esta descoberta, iniciou-se quando andava numa onda de acid jazz, trip hop, electrónica, downtempo, nu jazz, deep jazz, e descubro os kruder&dorfmeister que marcam presença no álbum 'See The Light' (2004), dos sofa, mas não é acerca deste álbum que me vou pronunciar, mas sim, do último do grupo, que se intitula com o mesmo nome da banda, referente ao ano de 2005, este rompe completamente o estilo musical dos álbuns anteriores, deixam as sonoridades de acid jazz, do downtempo, dub, e ouve-se um álbum genial de rock onde se denota a componente electrónica mais despida. As sonoridades de rock ecoam na alma, a voz sussurrante embala-me, fazendo-me recordar paixões vividas. Este álbum é para se ouvir do inicio ao fim, destaco todas as musicas, quem tiver espírito rockeiro, com certeza ira concordar comigo, embora tenha uma carinho muito especial pela 'White Noise'.
Desta banda, realço também os álbum 'Transit' de 1997.

Deixo uma sugestão fora do contexto do rock, relativamente ao álbum 'See The Light', um dub muito bom de se ouvir nestas noites quentes de verão, 'Can I Get A Witness' feat Dawn Lee (http://www.youtube.com/watch?v=K3Nsk8UZnGo)

Track List
Sofa Surfers - Sofa Surfers (2005)

1. White Noise
2. Say Something
3. Softly
4. Notes Of A Prodigal
5. Believer
6. Good Day To Die
7. One Direction
8. Love As Theory
9. Strings
10. Never Go Back

Links:

Myspace: http://www.myspace.com/sofasurfers
Site da banda: http://www.sofasurfers.info/

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Let's be brain washed by music - The Cinematic Orchestra

3 comentários


O bebé ja nasceu, e foi ao som dos The Cinematic Orchestra, álbum Every Day (2002).
The Cinematic Orchestra é uma banda britânica de jazz e electrónica formada no final da década de 90 por Jason Swinscoe e que inclui vários instrumentos, o sax , o trompete ,vários teclados, guitarra e baixo, drums, etc... que, aliados aos toques de jazz e aos samples de electrónica criados por Swinscoe, ajudam a compor um som cinematográfico e por vezes sinfónico. O primeiro trabalho da banda de 1999, “Motion’ teve um sucesso tão retumbante que o grupo foi convidado a apresentar-se na cerimónia do Director's Guil Awards, que nesse ano homenageava o conjunto de obras cinematográficas de Stanley Kubrick e também a comporem a trilha musical para o clássico russo do cinema mudo, Dziga Vertov de 1929, que apresentaram pela primeira vez ao vivo no Festival da Cidade Europeia da Cultura - Porto 2001. Essa trilha, que chamaram 'Man With a Movie Camera' foi posteriormente modificada e acrescida por vocais e elementos de electrónica e deram origem ao CD “Every Day” de 2002.
Deste álbum realço a 'Burn Out', 'Evolution' e 'Man With a Movie Camera'. Este álbum é repleto de melodias esfuziantes, as composições de jazz sao fantásticas, deliciem-se com a voz de Fontella Bass.
Posteriormente, irei abordar mais esta banda, dando a conhecer a sua discografia, e experiência que tive com a mesma. :)

Sites:
Myspace: http://www.myspace.com/thecinematicorchestras
Site da Banda: http://www.cinematicorchestra.com/
'Burn Out': http://www.youtube.com/watch?v=Ed9CYDt99tA
'Evolution': http://www.youtube.com/watch?v=gb9a0KBUsU8
'The Man with a Movie Camera: http://www.youtube.com/watch?v=vvTF6B5XKxQ

Track List:


  1. "All That You Give" – 6:10
    • Featuring Fontella Bass
  2. "Burn Out" – 10:13
  3. "Flite" – 6:35
  4. "Evolution" – 6:38
    • Featuring Fontella Bass
  5. "Man with the Movie Camera" – 9:09
  6. "All Things to All Men" – 11:04
    • Featuring Roots Manuva
  7. "Everyday" – 10:18
  8. "Oregon" – 3:54
    • Bonus track on 2003 re-release
  9. "Horizon" – 4:44
    • Featuring Niara Scarlett